Crescendo a cada ano, a indústria de alimentos e bebidas é um dos setores mais importantes para a economia nacional. Este conglomerado abastece a população brasileira com produtos indispensáveis para o desenvolvimento de nossa sociedade e também exerce um papel fundamental para as exportações do país. 

De acordo com os dados mais recentes apurados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), somente no ano de 2018 esta indústria cresceu 2,08%, movimentando R$ 656 bilhões entre as vendas para o mercado interno e externo, e as bebidas foram responsáveis por 12,8% desse faturamento. Além de somar quase 10% do PIB, o segmento ainda gerou aproximadamente 13 mil novos postos de trabalho no período.

Mesmo com números tão animadores, a indústria de alimentos e bebidas não está imune a uma série de riscos inerentes às suas atividades ou a ocorrências extraordinárias que podem prejudicar a reputação das marcas e até causar danos empresariais permanentes.

Um case real

Uma fábrica de bebidas do estado de Minas Gerais vivenciou os prejuízos provenientes de uma tragédia relacionada a contaminação. Em vez de pautar a imprensa por conta de seus números promissores – a exemplo de seu faturamento mensal, que poderia chegar à casa dos R$ 8 milhões, segundo estimativas da SindBebidas – MG, a fabricante enfrentou o maior pesadelo da indústria: até este levantamento, a Polícia Civil investiga dezenas de casos suspeitos de intoxicação pela bebida. Entre eles, foram confirmados 29 casos positivos para dietilenoglicol, e entre estes, sete mortes confirmadas relacionadas ao incidente.

Após a perícia, especialistas detectaram as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol   – compostos químicos que estão diretamente relacionadas à chamada síndrome nefroneural, um conjunto de sinais e sintomas neurológicos com insuficiência renal que acometeu diversas vítimas na região. 

Como consequência, a fábrica mineira foi completamente interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que também suspendeu as vendas de todos os produtos fabricados depois de outubro de 2019. Por fim, após as investigações detectarem a contaminação em múltiplos tanques da cervejaria, a Anvisa definiu que os produtos da marca fossem recolhidos em todo o território nacional. 

Diante de tamanha repercussão e riscos graves à saúde e à vida dos consumidores, a própria marca se pronunciou pedindo que os clientes não consumam seu rótulo que protagonizou o caso, não importa de qual seja o lote. 

Paralelamente, as autoridades envolvidas na investigação descartaram a hipótese de sabotagem no início de abril de 2020. No final do mesmo mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou (após análise) a maioria dos tanques da fábrica que estavam lacrados desde o início das investigações. A planta agora passa por liberação gradual das atividades para a produção de álcool em gel, item de combate ao combate ao novo coronavírus.

As perícias concluíram que houve um conjunto de falhas que desencadeou o incidente: o uso inapropriado da mistura de monoetilenoglicol e dietilenoglicol como solução anticongelante dos tanques, que, por sua vez, acabou entrando em contato com a bebida através de uma ruptura milimétrica da solda interna de um desses tanques. 

É possível prever uma fatalidade dessas proporções na indústria de alimentos e bebidas?

Diante dos inúmeros e complexos processos industrias implementados na produção de alimentos e bebidas, há uma série de riscos isolados e combinados que são detectáveis através de:

  • Protocolos de qualidade
  • Protocolos sanitários 
  • Protocolos de segurança do trabalho específicos para cada segmentação.

Mesmo com o cumprimento destas exigências, ainda assim, as indústrias de alimentos e bebidas devem avaliar com precisão todos os perigos implícitos em suas operações, equipamentos, conservação de matérias-primas e insumo, armazenamento e transporte dos produtos.

A avaliação dessas muitas variáveis e a mitigação de ameaças às operações e produtos precisa de um olhar apurado, ferramentas analíticas, dados, indicadores, auditorias e planos de contenção delineados por especialistas em gestão de risco

Na prática

Com mais de 50 anos de experiência em desenvolver modelos de excelência, a RCG é perita em desenvolver análises de risco profundas e customizadas para as indústrias de alimentos e bebidas, assim como outros segmentos industriais e empresariais. 

Após compreender as principais necessidades e atribuições de cada negócio e realizar uma varredura de possíveis impactos e perigos, a próxima etapa é parametrizar medidas e desenvolver seu próprio Risk Management, criando um ambiente mais seguro e preparado para contenção de riscos e respostas emergenciais. 

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